
Spell Reel
Filipa César | Spell Reel
Alemanha/Portugal/França/Guiné-Bissau | 2017 | DCP | 96min | CI: 14 anos
Em 2011, um arquivo contendo gravações de vídeo e áudio reapareceu em Bissau. O filme, à beira da ruína total, é um atestado do nascimento do cinema guineense como elemento da visão descolonizadora de Amílcar Cabral, líder da libertação assassinado em 1973. Em colaboração com os cineastas guineanos Sana na N’Hada, Flora Gomes e outros parceiros, Filipa César imagina uma jornada na qual essa frágil matéria do passado opera como um visionário prisma de estilhaços pelo qual enxergamos. Digitalizado em Berlim, em quadros soberbamente vívidos, o filme justapõe fragmentos em preto e branco de filmes em 16mm com imagens digitais contemporâneas, manipulando sutilmente a escala, a orientação e o texto para criar distância ou alcançar proximidade entre passado e presente.Imagem e som (1967-80): José Bolama, Cobumba, Julinh Camará, Djalma Fettermann, Flora Gomes, Josefina Lopes Crato, Sana na N'Hada, Rudi Spee
Imagem e som (2012-15): Suleimane Biai, Filipa César, Marta Leite, Nuno da Luz, Dídio Pestana, Benvindo dos Santos, Aissatu Seidi
Textos adicionais e comentários: Anita Fernandez, Flora Gomes, Sana na N'Hada

Não escuto mais a guitarra
Philippe Garrel | J’entends Plus La Guitare
França | 1991 | 35mm | 98min | CI: 14 anos
Gérard e Marianne compartilham uma casa de verão com outro casal de amigos. As tensões sentimentais os levam a questionar a natureza do amor. Gérard quer ter um filho com Marianne, mas ela já tem um de um relacionamento anterior e prefere esperar. Certo dia, Marianne deixa Gérard, e ele passa a viver com outra mulher.
Rudzienko
Sharon Lockhart | Rudzienko
EUA/Polônia | 2016 | DCP | 53min | CI: 14 anos
Filmado durante três anos em colaboração com os residentes do Centro Juvenil de Socioterapia de Rudzienko, na Polônia, onde Sharon Lockhart realizou diversas oficinas visando empoderar as jovens e ajudá-las a encontrar sua própria voz. O grupo trabalhou em conjunto para desenvolver os diálogos e movimentos a partir de suas atividades coletivas. O resultado apresenta uma mistura das conversas que abordam tanto questões filosóficas quanto preocupações cotidianas das adolescentes. Rodado em polonês, o filme propõe uma abordagem inovadora para a relação entre a imagem e a linguagem ao contrapor as conversas com suas traduções textuais para o inglês (legendadas em português), criando, assim, um espaço de reflexão silenciosa. As falas em polonês não foram legendadas a pedido da diretora.
Na praia à noite sozinha
Hong Sang-soo | Bamui Haebyun-eoseo Honja
Coreia do Sul | 2017 | DCP | 101min | CI: 14 anos
Após ter um relacionamento com um homem casado, a famosa atriz coreana Younghee resolve dar um tempo e viaja para a cidade de Hamburgo, na Alemanha. Lá, em uma conversa com uma amiga, ela se pergunta se o amante a seguirá ou se ele sente sua falta tanto quanto ela. Ao retornar à Coreia, reencontra alguns velhos amigos na cidade costeira de Gangneung, onde comem e bebem juntos. Já meio bêbados, Younghee provoca, insulta e irrita os amigos. As conversas entre eles ficam cada vez mais fora de controle, revelando descobertas e verdades. Em seguida, ela se retira para uma praia deserta. Qual é a importância do amor na vida de alguém? Younghee quer saber.