Todo festival é em si uma celebração do cinema. Da arte, do fazer e da linguagem. Todo festival é também o encontro, a fila na porta do cinema, a troca de ideias, uma forma de aproximação entre afins, sejam cinéfilos ou curiosos. O INDIE quer celebrar o cinema, o contemporâneo, o cult, o clássico e, principalmente, a sua história e seu público. Os filmes que marcaram, as sessões memoráveis, o cinema que habita e influencia cada um.

 

Festival de cinema criado em Belo Horizonte em 2001, o INDIE desde então vem ocupando e defendendo os cinemas de rua da cidade e neste ano fará sessões em duas das suas principais salas: Cine Belas Artes e no Centro Cultural Unimed-BH Minas. O INDIE exibe nesta 22ª edição, entre os dias 7 e 13 de agosto, 38 filmes, de 19 países, em 53 sessões de cinema, com entrada franca.

 

A mostra principal chamada apenas CINEMA é como um guia que contém os filmes que deveríamos assistir (ou rever) para reafirmar nosso compromisso com o cinema, com o espaço das salas de exibição ou mesmo para formar nossa bagagem cinematográfica. Afinal, o que é o cinema para você?

 

A mostra CINEMA traz algumas obras-primas fundamentais, apostas em novos diretores, últimos filmes de cineastas que já conhecemos, um pouco de curtas, um pouco de filmes brasileiros. O público vai poder ver: a obra-prima de Chantal Akerman, Jeanne Dielman; dois filmes do gênio David Lynch em Veludo Azul e Mulholland Drive; uma obra seminal do cinema negro americano O Matador de Ovelhas de Charles Burnett; um filme que fez uma sessão histórica no INDIE, O Cavalo de Turim, do Béla Tarr; do diretor Hong Sang-Soo, sempre presente no INDIE, seu segundo filme A Virgem Desnudada Por Seus Celibatários; e a cópia restaurada do cult japonês Linda Linda Linda, de Nobuhiro Yamashita, que completa 20 anos.

 

Junto aos clássicos tem o cinema contemporâneo com o adorável Volvéreis do espanhol Jonás Trueba, uma nova diretora argentina Silvina Schnicer, em uma coprodução com o Brasil, em O Sítio; tem a história baseada no genial fotógrafo japonês Masahisa Fukase em Corvos de Mark Gill; tem o belíssimo Fogo do Vento da diretora portuguesa Marta Mateus. E de dois diretores que já tiveram retrospectiva no INDIE: o último do catalão Albert Serra com Tardes de Solidão e do lituano Sharunas Bartas, De volta à casa.

 

O cinema brasileiro completa a mostra CINEMA com dois longas e quatro curtas de diretores mineiros. O teatro, a política e a luta em Deuses da Peste de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado; e o documentário de Ursula Rösele com depoimentos de sete mulheres acerca do que calaram na vida em Abre Alas. E ainda os curtas Mãe do Ouro de Maick Hannder, O lado de fora fica aqui dentro de Larissa Barbosa, Você lembra de Victória Morais, e Quando disse adeus achei que tivesse ido de Juliana Magalhães.

 

Os norte-americanos vistos pelo olhar estrangeiro de um italiano. O INDIE traz como retrospectiva a obra do diretor italiano Roberto Minervini, com obras que combinam elementos dramatizados e observacionais, é considerado um dos mais importantes documentaristas narrativos do cinema contemporâneo. Minervini durante sete anos realizou a trilogia texana – The Passage, Low Tide e Stop The Pounding Heart – com filmes centrados nas comunidades rurais do sul dos Estados Unidos. Em 2015, se muda para a Louisiana onde realiza The Other Side (estreou no Festival de Cannes de 2015, competindo na seção Un Certain Regard) e What You Gonna Do When the World’s on Fire? abordando o domínio político da sociedade americana e a injustiça social. Já em 2024 realiza a ficção Os Malditos, que participou do Festival de Cannes e recebeu o Prêmio de Melhor Diretor na mostra Un Certain Regard, sobre uma tropa de voluntários enviada para patrulhar uma região nunca antes explorada em plena Guerra Civil Americana.

 

A segunda retrospectiva é uma comemoração. Há 27 anos a produtora mineira Zeta Filmes vem criando festivais como Fluxus, projetos de itinerância, instalações e distribuindo filmes nos cinemas comerciais e, claro, é a realizadora por trás do INDIE. A criação dos festivais e o projeto de distribuição sempre foram complementares, ambos com o objetivo de formação de público e de apresentar e valorizar o cinema autoral. Escolhemos para estar no INDIE 12 filmes do catálogo da Zeta especialmente para esta comemoração.

 

Esperamos que nessa edição todos possam reencontrar o INDIE mais uma vez e viva o cinema!

VINHETA

 
LOCAL
Centro Cultural Unimed-BH Minas
Rua da Bahia, 2244
 
Una Cine Belas Artes
Rua Gonçalves Dias, 1581
 
Entrada franca
Os ingressos estão disponíveis para retirada na bilheteria do cinema 30 minutos antes de cada sessão.

CRÉDITOS

REALIZAÇÃO

ZETA FILMES

 

DIREÇÃO

Daniella Azzi, Eduardo Garretto Cerqueira, Francesca Azzi

 

CURADORIA GERAL

Daniella Azzi, Francesca Azzi

 

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Lourdes Gott

 

COMUNICAÇÃO E PRODUÇÃO

 

IDENTIDADE VISUAL, PEÇAS GRÁFICAS, SINALIZAÇÃO, VINHETA E WEBSITE

Voltz Design

 

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO

Alessandra Maria Soares, Cláudio Santos

 

VINHETA

Direção, criação e imagens: Alessandra Soares e Cláudio Santos
Edição: Joshua Pavanello
Trilha: CC0

 

WEBSITE (PROGRAMAÇÃO)

Lucas Junqueira

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA

ProCultura

 

TRADUÇÃO E LEGENDAGEM

Frames

 

SUPORTE TÉCNICO (EXIBIÇÃO)

Frames

 

AGRADECIMENTOS

Adhemar de Oliveira, Alessandra Soares, Claudio Santos Rodrigues, Denise Ping Lee, Marta Mateus, Nélio Ribeiro, Roberto Minervini, Roberto Moreira dos S. Cruz, Samuel Marotta, Sharunas Bartas, Centro Cultural Unimed-BH Minas, KOFA – Korean Film Archive, Una Cine Belas Artes